Abordámos o assunto na aula, mas nada melhor do que ver para compreender melhor.
Lembremos que, para comemorar os dez anos de permanência no poder de Salazar (1938), o Ministério da Educação Nacional mandou publicar uma série de sete cartazes intitulada: A Lição de Salazar. Esses cartazes, cujas dimensões eram, aproximadamente, as do quadro preto da sala de aula, foram distribuídos por todas as escolas primárias do País e a lição do dia devia ser dada através deles. Só o último não respeita o esquema dos restantes. Aqui os deixo
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Lembremos que, para comemorar os dez anos de permanência no poder de Salazar (1938), o Ministério da Educação Nacional mandou publicar uma série de sete cartazes intitulada: A Lição de Salazar. Esses cartazes, cujas dimensões eram, aproximadamente, as do quadro preto da sala de aula, foram distribuídos por todas as escolas primárias do País e a lição do dia devia ser dada através deles. Só o último não respeita o esquema dos restantes. Aqui os deixo
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Posteriormente - e paralelamente - os livros de estudo da escola primária iam publicando, de acordo com as idades, referências laudatórias ao ditador. Para os meninos da 1.ª classe, que aprendiam a escrever:
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Aos mais crescido, da 4.ª classe, já se lhes falava assim:
Ao mesmo tempo, os gritos da Mocidade Portuguesa e da Legião Portuguesa - reproduzidos nos mesmos livros escolares para que todas as crianças os repetissem - eram os seguintes:
"Quem Vive?
Salazar!
Quem manda?
Salazar!Salazar!Salazar!"
Salazar!
Quem manda?
Salazar!Salazar!Salazar!"
Nada, no Pais, escapava a tão intensa propaganda. Eis alguns exemplos:
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Claro que pus aqui a imagem de D. Afonso Henriques, somente, para que possas compreender melhor a que ponto se chegou no endeusamento da figura do ditador António de Oliveira Salazar.